The Waves: O Primeiro Parque Aquático de São Paulo!

Daniel S.A
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Foto antiga do extinto parque aquático The Waves com um grande toboágua em espiral de várias cores. Há também uma piscina com bordas onduladas e várias espreguiçadeiras ao redor.
Foto Antiga do Extinto Parque Aquático The Waves - Créditos pela Foto: Ohtake

Você sabe qual foi o primeiro parque aquático da cidade de São Paulo? Vamos relembrar o The Waves, que pode até ser desconhecido por muitos hoje, mas nos anos 90 foi um marco nostálgico, especialmente para moradores da zona sul.


O The Waves operou entre 1991 e 1995 na Avenida Guido Caloi - Jardim São Luís, próximo ao Centro Empresarial de São Paulo.


Apesar da ótima localização e de atrair muitos visitantes inicialmente, o parque acabou fechando as portasVamos descobrir mais adiante os motivos que levaram ao seu fechamento!

 

A Origem do The Waves

Antes de entrar na curta história do The Waves, deixe-me contar como acabei descobrindo esse lugar por acaso.


Tudo começou enquanto eu pesquisava para uma matéria sobre a antiga fábrica da Caloi, que por coincidência ficava na mesma Avenida Guido Caloi.


Procurando por imagens da fábrica, acabei me deparando com algumas fotos de um parque aquático.


Com a construção da praia artificial no futuro Beyond The Club, eu achei que poderia ter algo a ver… mas não! esse parque aquático era dos anos 90.


A descoberta despertou minha curiosidade, e foi assim que me aprofundei no assunto para criar essa matéria!


De acordo com minhas pesquisas, o projeto do parque foi concebido pelo renomado arquiteto Ruy Ohtake, com o paisagismo assinado por ninguém menos que Roberto Burle Marx.


A execução da obra ficou a cargo da Mentha Empreendimentos Comerciais S/A, que concluiu a construção em novembro de 1990, com um investimento superior a US$ 30 milhões.

A imagem mostra o interior do parque aquático The Waves. No centro da imagem, há dois tobogãs, um vermelho e outro amarelo, que se entrelaçam. Abaixo dos tobogãs, há uma área com plantas e uma estrutura que parece ser parte de uma piscina.
Créditos pela Foto: Ohtake

Com uma área de 57.000 m², o "The Waves" oferecia uma variedade de atrações, incluindo piscinas com ondas, tobogãs, escorregadores aquáticos, sauna, solário e até uma fonte luminosa.


O parque também contava com lanchonetes, bares e um estacionamento espaçoso, com capacidade para até 2.000 veículos.


Para garantir a segurança e o bem-estar dos visitantes, o parque The Waves implementou um protocolo de exames médicos obrigatórios.


Todos os frequentadores precisavam passar por essa avaliação a cada entrada no parque, assegurando que estivessem aptos a utilizar as instalações aquáticas.


Cada ingresso concedia o direito a três horas de permanência no parque. Caso esse limite fosse excedido, era aplicada uma taxa adicional.


O The Waves foi planejado para operar 20 horas por dia, todos os dias do ano. No entanto, com o passar do tempo, a carga horária foi reduzida.


A imagem mostra um artigo da revista Trip com o título "Parque Aquático Transborda em SP". O texto fala sobre a construção de um parque aquático chamado The Waves, em São Paulo, pela Metha Empreendimentos Comerciais S/A.
Trecho da Revista Trip - Outubro, 1990

Por Que o Parque Fechou?

De acordo com informações da Folha de São Paulo na época, o parque aquático The Waves encerrou suas operações em 1995 devido a sucessivos prejuízos.


Na entrada do local, uma faixa indicava que o fechamento era por tempo "indeterminado".


O parque enfrentava dificuldades em atrair visitantes fora do verão, tornando sua operação inviável durante grande parte do ano.


A carga horária foi reduzida para 10 horas aos finais de semana e 8 horas nos dias úteis. 


Além disso, o parque começou suas atividades com uma equipe de 220 funcionários, mas, em seus últimos meses de operação, contava com apenas 50 colaboradores.


A administração do parque, que estava sob o controle do grupo suíço Amanco desde a inauguração, decidiu colocá-lo à venda.


O local foi adquirido pelo Grupo Pão de Açúcar, que posteriormente demoliu as instalações do parque para construir um Hipermercado Extra, hoje substituído pelo Assaí Atacadista.


Conclusão

É uma pena que um parque tão inovador como o The Waves tenha encerrado suas atividades tão rapidamente.


Na época, eu tinha apenas 4 anos e, curiosamente, ninguém da minha família sequer conhecia esse lugar, que hoje desperta tanto fascínio e nostalgia.


Ainda assim, ao pesquisar nas redes sociais, percebi que muitas pessoas que tiveram a oportunidade de visitá-lo guardam um carinho especial e sentem uma enorme nostalgia pelos tempos de glória.


E você, chegou a visitar o The Waves? Conte-nos sua experiência nos comentários!



Links Importantes

  • ⏩ Para quem deseja saber mais, recomendo explorar o site do arquiteto Ruy Ohtake, que conta com fotos raras e de alta qualidade do The Waves. 

  • ⏩ Outra fonte importante foi uma antiga reportagem da Folha de São Paulo, que detalha o encerramento das atividades desse icônico parque aquático.

  • ⏩ Por fim, indico o canal no YouTube Hapfun, especializado em parques de diversão. Eles produziram um vídeo detalhado sobre o The Waves, que considero o mais completo e informativo sobre o assunto. Vale muito a pena assistir!


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